História
Breve Histórico Geral
A Cidade de Ariquemes – RO
Abrangência e Localização Área de 4.427 km². Está localizado na porção centro-norte do estado a
Origem do Nome de Ariquemes
A maioria dos textos que narram a história
de Ariquemes colocam os anos 70 como seu início. Porém, há outros textos
históricos e pesquisas historiográficas, principalmente dos escritos da
comissão Rondon que revelam a existência de uma ampla movimentação, em todo o
Vale do Jamari.
Em consequência da exploração deste rio
pela comissão de Rondon na primeira década do século passada, relata-se a
existência de 2000 pessoas ao longo do mesmo. Por exemplo, por volta de 1794, o
Vale do Jamari, onde surgiu o núcleo, que deu origem ao município de Ariquemes,
era conhecido pelas muitas variedades e abundantes especiarias nativas: cacau e
látex da seringueira. Um Seringal mais importante, entre outras, habitada por
extrativistas e índios se chamava Seringal Papagaios, ou Vila dos Papagaios
onde havia um posto telegráfico que recebia o nome dos indígenas mais
perseguidos e dizimados pelos caucheiros, os arikemes. Dessa forma se
origina o nome da cidade atual Ariquemes. Estes índios falavam o txapakura,
dentro do grupo linguístico tupi, a tribo foi extinta.
Ocupação efetiva do Vale de Jamary – Esta se deu em 1909, com a construção da
linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antônio do Rio Madeira. Expedição Chefiada
pelo Marechal Cândido Rondon.
Delimitação da Região pela Resolução nº
735, de 06 de outubro e denominado de 3º distrito do município de Santo Antônia
do Rio Madeira – 1915. Período esse em que ocorre uma
migração nordestina intensa ocupando terras, explorando e extraindo riquezas
naturais de grande procura internacional. Se considera que nesse período
se deu o nome para esta região de Ariquemes.
Criação do Território Federal do Guaporé
por meio do Decreto Lei nº 5912 Em 13 de setembro de 1943, Pelo presidente
Getúlio Vargas .Com essa indução do governo federal aumentou o fluxo migratório.
Descoberta da cassiterita, minério de
estanho – 1958 - surgiram novos contingentes
migratórios de diversos pontos do país.
A abertura da BR 364 – Fevereiro de 1960, pelo então presidente
Juscelino Kubitschek de Oliveira.
A mecanização através de empresas a
exploração das jazidas minerais – 15 de abril de 1970 – daí a BR 364 de
Ariquemes passou ser o ponto de parada.
O crescimento populacional é notado e
envolve uma ação conjunta do INCRA – 1972-1975
A primeira árvore derrubada e foi surgindo
a nova Ariquemes – Em 11 de fevereiro de 1976.
A Vila
passa ser chamada de Vila Velha.
Emancipação política do município através
da Lei nº. 6448 – Em 11 de outubro de 1977 com instalação
da política do município no dia 21 de novembro.
Paróquia/Comunidade e Escola Para Vida!
Em meio o desenrolar da história descrita acima migraram para esta região famílias/ membros da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, trazendo sonhos de melhorias de vida para si e para os seus filhos. É nesse contexto que nasce a comunidade de Ariquemes que foi fundada no dia 1º de Julho de 1979.
Primeiro Pastor foi o Pr. Walter Sass, que
assumiu o trabalho nesta nova área de colonização, que era coordenada pelo Pr.
Arteno Spellmeir. A área de trabalho de Ariquemes era distribuída da seguinte
forma: Jarú, Ouro Preto, Linha 28, 24 e linha 4, Porto Velho, Rio Branco no
Acre, Humaitá na transamazônica, Manaus, Boa Vista em Roraima. Outro pastor que
colaborou muito em todas as áreas no surgimento das comunidades foi o Pastor
Friedel Fischer e sua esposa Gudrun.
Aqui chegaram também as Irmãs da Irmandade
da IECLB da Casa Matriz de Diaconisas. Elas, juntamente aos ministros e outras
pessoas engajadas na causa, desenvolveram um trabalho Diaconal: Saúde e Agricultura, composta
por técnicos agrícolas, financiado pela ONG/entidade Pão Para o Mundo.
Ao lado da execução dos Projetos Diaconais
a Irmã Gerda visita as famílias nas Linhas. Descobre que tem moças com sonhos
diferentes do que ficar em casa, arrumar um marido, casar e ter filhos. As
Jovens tinham o sonho de estudar, de aprender algo diferente. Surge a ideia:
uma casa de apoio ou uma Escola. Assim a Irmã imaginou algo diferente para
estas jovens meninas.
Em 1980 foi constituída a “casa das Irmãs”
havia quartos com possibilidades de acolher as jovens e um quarto para a Irmã
responsável. É claro também uma cozinha, banheiros e as outras coisas como os
móveis, um fogão entro outros foram adquiridos aos poucos.
Na fase inicial foi designada a Irmã Elli
Stoef, com diversas habilidades, para coordenar os trabalhos junto as jovens.
Após algum tempo, com a saída da Diaconisa, a Irmã Alda Sprandel deu
continuidade no aperfeiçoamento, estabelecendo metas e organização, do projeto
na formação feminina.
A Gudrun Fischer, esposa do Pastor ficher,
era pedagoga e foi integrada na equipe. O alvo deste trabalho era uma formação
integral às jovens com a consciência de trabalhar a favor da vida onde elas
pudessem ser o sujeito da história da vida delas. Sendo assim, em 1984, surge o projeto/curso ESCOLA DA VIDA, no qual as
meninas moças recebiam aulas de conhecimento básicos mais estruturados em
diversas áreas como Bíblia, música, trabalhos manuais, saúde enfim era uma
formação básica para vida durante o dia e à noite ou às tarde frequentavam as
Escolas convencionais.
A Criação da Associação Beneficente Escola Para Vida
Até o ano 2000, a Escola da Vida cumpriu o seu papel importante na vida
destas jovens. A realidade muda, o contexto e as situações mudam. Após uma
análise de conjuntura se fez necessária a reestruturação do projeto. Surge a “ESCOLA PARA VIDA”, com o
objetivo de atender crianças entre 06 e 14 anos em situação de risco social. O
Projeto tem como finalidade de prestar assistência educacional, religiosa e
social ás crianças em risco de vulnerabilidade social, em regime de apoio sócio
educativo, bem como assistência as suas famílias.
A Associação Beneficente Escola Para Vida foi criada oficialmente em 18 de março de 2000, em
Assembleia Geral Extraordinária da Comunidade
Evangélica de Confissão Luterana de Ariquemes. Nesta foi eleita como presidente a
Rita Muzika Schrammel e como vice – presidente: Owaldy Teixeira de Morais
Júnior.
A Associação Beneficente Escola Para Vida
está constituída de personalidade jurídica própria. Sob a lei municipal nº 875,
foi inscrita junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente - CMDCA sob nº 008 e no Conselho Municipal de Assistência Social -
CMAS sob o nº 012. Em 2004
a Escola
Para Vida foi reconhecida como utilidade pública Municipal, Estadual sob a lei
nº 1302 e foi reconhecida pública Federal. Na prática o projeto propõe a
permanência das crianças e adolescentes na escola pública em um período e na
Associação Beneficente Escola Para Vida.
A continuidade desse projeto, iniciada com
jovens, filhas de agricultores, visa dar continuidade na alternativa de vida
comunitária, escolar, atividade ocupacional, lazer, instrução cristã, enfim
bons ideais para vida futura.
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